O Setor Social tem vindo a adquirir uma importância crescente nas dimensões humanas, económicas e relacionais. São organizações impulsionadoras de oferta de bens e serviços sociais a que nem o mercado, nem o setor público conseguem dar resposta. Não pela falta de capacidade de intervenção, mas por não se sentirem parte do problema nem o vivenciarem diariamente.
A influência do Estado no financiamento, com uma forma tão expressiva, tem dado lugar a algumas alternativas de financiamento que as próprias organizações procuram implementar como forma de fortalecer as capacidades de gerar rendimentos próprios e diversificar a sua captação de fundos (Fundraising).
A doação em si é um tipo de comportamento pro-social e pode ser assegurada de diversas formas. Entre as mais diretas as doações monetárias (particulares ou empresariais); as doações de serviços (voluntariado) e as doações de produtos. As motivações que justificam o ato de doar são complexas e multifatoriais: o custo-benefício, a empatia ou reconhecimento pelos pares, a religião ou a política, a necessidade de ajudar ou a obrigação profissional, a paixão ou o prestígio, e grande parte das vezes o incentivo fiscal. Então qual deverá ser a postura do cidadão comum quando abordado numa superfície comercial (aquando do pagamento das suas compras) para se associar a uma causa.
Qual é o verdadeiro “doador”? a doação feita com sentido de ajuda na hora do pagamento quando somos interpelados, ou a superfície comercial que entrega o resultado da angariação (produto/dinheiro). Há certamente benefícios para os diversos intervenientes e são certamente de diversas naturezas. Resultará, sem dúvida, de um dos lados um sentimento de ajuda a uma causa e, do outro lado, estará o benefício fiscal e a imagem empresarial associadas.
São temáticas como estas abordadas no Mestrado em Gestão das Organizações do 3º Setor: os padrões de doação; os timings das campanhas; a eficiência e eficácia do processo de fundraising e o papel da sociedade no terceiro setor.
