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Publicado em: 26 Outubro 2016

Paixão pelo trabalho realizado marcou o (H)á conversa com empreendedores

Decorreu, no dia 21 de setembro, a segunda edição do evento, (H)á conversa com empreendedores no Tâmega e Sousa, depois do sucesso da primeira edição em Felgueiras, Amarante acolheu esta segunda conversa no Tílias Lounge Bar. O evento organizado pelo Gabinete de Apoio ao Empreendedor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), contou com a presença de três empreendedores de empresas da região: Fernanda Lopes da Quinta Para a Mesa, Jorge Castro da Artnovion e a Gonçalo Cruz da RIPE, que num ambiente descontraído, deixaram o seu testemunho.

Dorabela Gamboa, Presidente da ESTG, deu as boas-vindas a todos os que se juntaram para o evento, salientando como fundamentais na realização do evento, as parcerias com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM-TS), a Câmara Municipal de Amarante e o Instituto Empresarial do Tâmega. Destacou ainda a importância da iniciativa na relação com a comunidade.

Alírio Costa da CIM-TS, deixou uma mensagem de incentivo e de desafio aos jovens da região, e em particular aos que se encontram desempregados, para abraçarem projetos de empreendedorismo que o Município e a região lhes oferece. Para Alírio Costa, o Município de Amarante é um ótimo exemplo na estimulação do investimento e na promoção das oportunidades existentes.

A conversa moderada por Pedro Portela, consultor nas áreas da gestão, teve início com a apresentação dos testemunhos de cada um dos empresários que revelaram os desafios que encararam até à realização do seu sonho, destacando a importância de transformar a indústria e da necessidade de estarem focados na criação de valor.

Fernanda Lopes, sócia da empresa “Da Quinta para a Mesa” sediada em Lousada, é produtora de vinhos verdes e tem um gosto particular pela agricultura. Devido a um problema de saúde ficou mais alerta para as questões relacionadas com os produtos orgânicos e viu uma oportunidade de ampliar o cultivo próprio de produtos orgânicos. Inicialmente apenas para consumo próprio, sendo que atualmente já comercializa e faz entregas ao domicílio de cabazes compostos por produtos orgânicos. Fernanda Lopes destaca a vertente humana como primordial para o negócio, assim como a importância da fidelização do cliente e a sensibilização para a necessidade de comer saudável. A sua estratégia passa por reduzir os gastos em publicidades, fazendo com que os preços dos cabazes possam ser muito competitivos e acessíveis a todos, trabalhando assim num formato de Buzz Marketing, uma vez que clientes satisfeitos serão clientes que recomendarão os produtos.

Jorge Castro, fundador da Artnovion, partilhou o percurso, segundo ele “de um frustrado que tentou ser músico”, posteriormente ingressou em Inglaterra no curso de Engenharia Eletrotécnica, um curso com uma taxa de reprovação muito elevada e que fez com que quase só tivesse tempo para estudar, sendo que com muito esforço conseguiu concluir os estudos e no final do curso foi trabalhar para um estúdio. Foi contratado para o tratamento de acústica e nesse momento em que teve necessidade de construir um painel de acústica percebeu que aquele poderia ser um espaço para oportunidades. Assim surgiu a Artnovion, uma empresa especializada em acústica, onde Jorge Castro uniu o know-how musical e a engenharia eletrotécnica, criando uma gama de painéis acústicos elegantes, modernos e otimizados acusticamente, resolvendo diversos problemas a artistas por todo o mundo que os procuram por saberem que são eficazes na resolução de problemas.

Gonçalo Cruz, cofundador da RIPE, filho de pais professores, com notas de excelência e com o incentivo por parte dos pais para estudar medicina ou arquitetura, revelou que foi na sua estadia nos Açores, por força da profissão da mãe, que tudo mudou. De regresso ao continente decidiu estudar Engenharia e Gestão Industrial, terminada a licenciatura passou pela FedEX , de seguida criou a sua primeira startup a Jump Willy que veio posteriormente a enfrentar alguns problemas financeiros, surgindo de seguida o convite para trabalhar na Groupon em Portugal.  Em 2015 criou a RIPE, uma empresa onde aplicou o conhecimento adquirido em 3D da Jump Willy, nas vendas online da Groupon e na Farfetch. A empresa consiste num negócio virtual de calçado que pretende, além de simplificar o acesso a marcas e produtos de série limitada, reduzir os desperdícios e oferecer artigos à medida do cliente.

Afinal, conclui Pedro Portela, “o segredo já não é a alma do negócio, é a paixão que é a alma do negócio”.

A ESTG através do Gabinete de Apoio ao Empreendedor agradece a todos os que que tornaram esta iniciativa possível e deixa a certeza de que continuará a proporcionar mais momentos de partilha de experiências entre empreendedores à comunidade.

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